Conclusão dos posts anteriores
Esteio
temperamental e afetivo de nossas almas
Toda
criatura humana que tem um pouco de bom senso compreende não haver afeto humano
que não decepcione. Mas nem por isso se vinga, fica amarga, agressiva,
deprimida; porque, se é verdade que nós, ao fazer bem aos outros, não somos pagos
como teríamos direito, é certo que Nosso Senhor paga. Porque o bem que nós
fazemos aos outros é feito a Ele, e principalmente, por Ele. De maneira que
Jesus toma em todo devido valor o nosso afeto, recompensa um milhão por um, nos
cumula torrencialmente do afeto d’Ele, e o que os outros tenham ou não tenham
feito de nossa bondade é secundário.
Isso
é o que cura de todo calvinismo; fica-se outro quando se toma isso em
consideração. Sobretudo quando se concebe, ao lado ou abaixo do Coração de
Jesus, o Coração Imaculado de Maria. Nosso Senhor é Pai, Nossa Senhora é Mãe, e
tem essas ternuras, essas condescendências, esse superávit de bondade que o
coração materno possui.
Ninguém
pode nos amar mais do que Nosso Senhor. Maria Santíssima, portanto, não nos ama
mais do que Nosso Senhor. Mas certas formas de amor, que são próprias da mãe,
Ele quis mostrar que tem, dando-nos a Mãe d’Ele, para que n’Ela nós víssemos o
que há a mais n’Ele que não se pode ver.
Então,
os Sagrados Corações de Jesus e Maria são o esteio temperamental e afetivo de
nossas almas.
Plinio
Corrêa de Oliveira – Extraído de conferência de 12/12/1984
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