Continuação dp post anterior
Mentalidade
hollywoodiana: busca do interesse e do prazer
Dª Lucilia com o neto |
É
exatamente o que começou a ser contestado no mundo, logo depois de eu ter
iniciado a conhecê-la, não com aquele conhecimento instintivo que uma criança
tem de sua mãe, mas quando, como filho, comecei a analisar, a admirar e a
querê-la bem.
O
sistema hollywoodiano de viver é a negação de tudo isso, porque ele importa em
uma vida apressada, de corre-corre atrás do interesse e do prazer, onde não há
tempo nem desejo de deter a atenção em valores dessa ordem, e uma vida que se
detém nesses valores parece fracassada e balofa. A alegria saracoteante deve
dominar toda a existência, e o homem precisa ter um otimismo egoístico, na
contínua esperança de que vai conseguir tudo aquilo que ele deseja para si.
A
outra pessoa com que o indivíduo se relaciona desempenha um magro papel dentro
disso. Ele quer ter um automóvel, uma casa, um avião, quer fazer viagens,
enfim, divertir-se; e todo esse afeto fica à margem, nas franjas da vida,
importando cada vez menos, enquanto o egoísmo vai tomando conta da existência.
E
o verdadeiro afeto tem qualquer coisa de tristonho, porque as condições desta
vida levam a compreender que devemos uns aos outros uma estima, a qual entende
bem que o outro sofre e nós sofremos também, e que temos de nos ajudar a
carregar o peso da vida. O saracoteio hollywoodiano não comporta isso.
Quando
analisamos a imagem do Coração de Jesus, vemos uma postura muito digna, em que
Nosso Senhor Se dá inteiro e mostra seu Coração. E notamos qualquer coisa de
triste n’Ele, como quem prevê a hipótese de não ser correspondido, de receber
uma ingratidão, ou tem em conta uma ingratidão que recebeu, mas perdoa e
convida para um novo ato de bondade, de confiança. É o que está expresso.
Comparemos
isso com o perpétuo saracoteio, o pula-pula e a alegria contínua de Hollywood,
e compreenderemos que há um abismo de diferença entre as duas mentalidades!
E
Dona Lucilia pegou o fim dessa escola do afeto, da qual era discípula
ardentíssima. Logo depois dela veio a escola do contrário.
Continua no próximo post.
Nenhum comentário:
Postar um comentário