O espírito
revolucionário inocula e exacerba nas almas o egoísmo. Quando encontramos pessoas
não egoístas, devemos apreciá-las e imitá-las, lavando, assim, as nossas almas
da influência da Revolução. A inocência de Dona Lucilia se caracterizava não só
pela pureza, mas por uma total ausência de egoísmo, tornando-a plena de
generosidade e bondade.
A inocência de Dona
Lucilia consistia, antes de tudo, na pureza, nas virtudes próprias à boa
católica, comuns nas senhoras daquele tempo, e que hoje se tornaram raras
devido à decadência moral do mundo.
Ela possuía essa
inocência em alto grau.
Desprendimento de si mesma
Entretanto, tinha
outra forma de inocência que tornava o convívio com ela extraordinariamente
agradável e consistia em um desprendimento de si mesma, pelo qual a última
coisa em que ela pensava era na vantagem própria, nos seus direitos, no que ela
queria ou no que lhe convinha. Ela pensava muito na vantagem dos filhos, mas
nas vantagens dela, absolutamente não.
Por exemplo, se uma
pessoa quisesse ou lhe pedisse algo, encontrava uma generosidade, um prazer em
dar, um contentamento em conceder, que era extraordinário e feito sem
pretensão. Não se portava como certas pessoas que, ao fazer algum obséquio,
ficam com uma fisionomia e um ar de quem diz: “Olhe aqui, você receba isto e
veja que colosso eu sou!”
Mamãe não era assim.
Ela dava aquilo que lhe pediam como uma muito boa irmã concederia para outra
irmã. E se ela se lembrasse, depois, que podia dar mais algo que a pessoa não
tinha pedido, ela ia atrás e dizia: “Olhe, eu me lembrei de que ainda podia
fazer por você tal coisa assim!”, e fazia. Isto tornava toda a presença dela
muito agradável.
CONTINUA NO PRÓXIMO POST.
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