sábado, 20 de maio de 2017

Eixo e modelo de todo verdadeiro afeto

Conclusão dos posts anteriores
Esteio temperamental e afetivo de nossas almas
Toda criatura humana que tem um pouco de bom senso compreende não haver afeto humano que não decepcione. Mas nem por isso se vinga, fica amarga, agressiva, deprimida; porque, se é verdade que nós, ao fazer bem aos outros, não somos pagos como teríamos direito, é certo que Nosso Senhor paga. Porque o bem que nós fazemos aos outros é feito a Ele, e principalmente, por Ele. De maneira que Jesus toma em todo devido valor o nosso afeto, recompensa um milhão por um, nos cumula torrencialmente do afeto d’Ele, e o que os outros tenham ou não tenham feito de nossa bondade é secundário.
Isso é o que cura de todo calvinismo; fica-se outro quando se toma isso em consideração. Sobretudo quando se concebe, ao lado ou abaixo do Coração de Jesus, o Coração Imaculado de Maria. Nosso Senhor é Pai, Nossa Senhora é Mãe, e tem essas ternuras, essas condescendências, esse superávit de bondade que o coração materno possui.
Ninguém pode nos amar mais do que Nosso Senhor. Maria Santíssima, portanto, não nos ama mais do que Nosso Senhor. Mas certas formas de amor, que são próprias da mãe, Ele quis mostrar que tem, dando-nos a Mãe d’Ele, para que n’Ela nós víssemos o que há a mais n’Ele que não se pode ver.
Então, os Sagrados Corações de Jesus e Maria são o esteio temperamental e afetivo de nossas almas. 

Plinio Corrêa de Oliveira – Extraído de conferência de 12/12/1984

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