quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Inocência, generosidade e afeto

O espírito revolucionário inocula e exacerba nas almas o egoísmo. Quando encontramos pessoas não egoístas, devemos apreciá-las e imitá-las, lavando, assim, as nossas almas da influência da Revolução. A inocência de Dona Lucilia se caracterizava não só pela pureza, mas por uma total ausência de egoísmo, tornando-a plena de generosidade e bondade.
A inocência de Dona Lucilia consistia, antes de tudo, na pureza, nas virtudes próprias à boa católica, comuns nas senhoras daquele tempo, e que hoje se tornaram raras devido à decadência moral do mundo.
Ela possuía essa inocência em alto grau.
Desprendimento de si mesma
Entretanto, tinha outra forma de inocência que tornava o convívio com ela extraordinariamente agradável e consistia em um desprendimento de si mesma, pelo qual a última coisa em que ela pensava era na vantagem própria, nos seus direitos, no que ela queria ou no que lhe convinha. Ela pensava muito na vantagem dos filhos, mas nas vantagens dela, absolutamente não.
Por exemplo, se uma pessoa quisesse ou lhe pedisse algo, encontrava uma generosidade, um prazer em dar, um contentamento em conceder, que era extraordinário e feito sem pretensão. Não se portava como certas pessoas que, ao fazer algum obséquio, ficam com uma fisionomia e um ar de quem diz: “Olhe aqui, você receba isto e veja que colosso eu sou!”

Mamãe não era assim. Ela dava aquilo que lhe pediam como uma muito boa irmã concederia para outra irmã. E se ela se lembrasse, depois, que podia dar mais algo que a pessoa não tinha pedido, ela ia atrás e dizia: “Olhe, eu me lembrei de que ainda podia fazer por você tal coisa assim!”, e fazia. Isto tornava toda a presença dela muito agradável.
CONTINUA NO PRÓXIMO POST.

Nenhum comentário:

Postar um comentário