sábado, 2 de julho de 2016

Mãe verdadeiramente católica III

Continuação do post anterior
O falecimento de seu pai
Dr. Antônio Ribeiro dos Santos
Pai de Dona Lucilia
Um episódio muito doloroso para ela foi a morte do pai.
Ele viajara a negócios para Santos. Certa manhã, estando em uma loja no centro da cidade, teve um desmaio. O dono do estabelecimento deitou-o sobre o balcão, mas ele já estava desacordado. Levaram-no para a casa de um amigo que morava ali perto.
Ao lado do quarto onde ele se encontrava deitado, estavam várias pessoas conversando, porque a essas alturas começaram a chegar muitos conhecidos. Em certo momento ouviram-no chamar: “Gabriel, Gabriel!”, tratava-se de seu filho mais velho. Este entrou e perguntou-lhe: “Papai, o que o senhor quer?” Ele fez um sinal de que estava indisposto, e morreu.
Mamãe não estava em Santos, mas em São Paulo. No dia seguinte, o trem com o cadáver subiu para São Paulo para ser feito o enterro.
Ela me contava que estava numa casa, a pouca distância da residência de vovô, esta situada na Alameda Barão de Limeira, onde depois passei grande parte de minha vida. Ela se aprontou para sair com meu pai e um tio que tentaram conduzi-la, pela distância de meio quarteirão, até a casa onde se encontrava o corpo de meu avô. Mas ela não conseguia andar, tal era seu estado de emoção e tristeza.
Então esse tio disse a papai: “João Paulo, você veja, não é possível levarmos Lucilia até a casa do pai dela, ela não anda! Vamos levá-la de volta para sua residência porque é inútil continuarmos!”
Papai perguntou para ela: “Você quer voltar para casa?”

Mamãe fez um sinal afirmativo, como quem diz: “Não há remédio, eu volto.” Ela nem teve coragem de ver o cadáver do pai. Foi um choque tremendo!
Continua...

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