Continuação do post anterior
Os “pitos”
Quando
eu era menino e fazia algo que não devia, ela me chamava, passava a mão pela
cintura, punha-me bem perto dela, com um afeto tal, que eu podia senti-lo até
em suas mãos. Ela me olhava com muita seriedade e me dizia: “Filhão...” Eu já
sabia o que eu tinha feito...
—
Filhão, é verdade que você fez tal coisa?
Ela
olhava dentro de meus olhos. Mamãe tinha uns olhos castanhos escuros, mas que
nessas ocasiões ficavam quase pretos! Ela repetia a pergunta:
— É
verdade que você fez isto?
Eu
dizia desapontado:
— Sim,
senhora.
— Mas
você pensou no que você fez? Isto é censurável por tais e tais razões. Você
andou mal, e isto é um defeito dentro de você, tem de acabar com esse defeito.
Sua mãe não vai querer bem a você enquanto esse defeito não for corrigido.
Depois
que ela percebia que eu estava bem impressionado com aquilo, dizia:
— Você
pede perdão a mamãe?
— Peço.
— Então
agora você dá um beijo em mamãe.
Era a
hora da reconciliação. Eu a beijava muito afetuosamente, e ela a mim também.
Estavam feitas as pazes! Terminado o “pito” eu saía cada vez mais encantado com
ela e querendo-a mais bem ainda.
Plinio
Correa de Oliveira – Extraído de
conferência de
21/9/1984
Nenhum comentário:
Postar um comentário