quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Suavidade e firmeza de princípios de Dona Lucilia

Continuação do post anterior
Os “pitos”
Quando eu era menino e fazia algo que não devia, ela me chamava, passava a mão pela cintura, punha-me bem perto dela, com um afeto tal, que eu podia senti-lo até em suas mãos. Ela me olhava com muita seriedade e me dizia: “Filhão...” Eu já sabia o que eu tinha feito...
— Filhão, é verdade que você fez tal coisa?
Ela olhava dentro de meus olhos. Mamãe tinha uns olhos castanhos escuros, mas que nessas ocasiões ficavam quase pretos! Ela repetia a pergunta:
— É verdade que você fez isto?
Eu dizia desapontado:
— Sim, senhora.
— Mas você pensou no que você fez? Isto é censurável por tais e tais razões. Você andou mal, e isto é um defeito dentro de você, tem de acabar com esse defeito. Sua mãe não vai querer bem a você enquanto esse defeito não for corrigido.
Depois que ela percebia que eu estava bem impressionado com aquilo, dizia:
— Você pede perdão a mamãe?
— Peço.
— Então agora você dá um beijo em mamãe.
Era a hora da reconciliação. Eu a beijava muito afetuosamente, e ela a mim também. Estavam feitas as pazes! Terminado o “pito” eu saía cada vez mais encantado com ela e querendo-a mais bem ainda.

Plinio Correa de Oliveira – Extraído de conferência de 21/9/1984

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