Continuação do post anterior
Daí se perceber em
mamãe um modo de ser pelo qual estava com a alma sempre franqueada para uma
comunicação de equilíbrio emocional elevado. Ou seja, para aquelas pessoas que
conviviam com ela, Dona Lucilia participava esse estado de espírito e lhes
oferecia beneficiar-se do seu equilíbrio comunicativo.
Entendamos o que
chamo aqui de equilíbrio. As últimas fotografias de mamãe nos falam muito dessa
característica. Nelas se nota ressaltado, sobretudo, um estado afetivo,
desejoso de se comunicar, de ser aceito pelo próximo. Esse estado afetivo, por
sua vez, contém muitas disposições de alma. Por exemplo, vendo-a, sentimo-nos
em presença da boa mãe de família. Noutra ordem de idéias, percebe-se que é uma
pessoa para quem a vida transcorreu inteira, conforme os desígnios de Deus, sob
o amparo de Maria Santíssima. É uma pessoa vivida, que considera o sacrifício
da existência consumado. Está pronta para morrer.
Assim como o
sacerdote, ao término da celebração eucarística, diz: Ite missae est, (“ide em paz, a Missa terminou”), assim mamãe, no
fim de sua vida, podia afimar: Oblatio
facta est. A oblação dela está feita. Não lhe resta mais o que viver.
É o oferecimento,
repassado de serenidade, de quem sofreu tudo e, do outro lado do sacrifício,
encontrou a paz.
Plinio
Correa de Oliveira – Extraído
de conferência
em 21/4/1977
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