domingo, 15 de maio de 2016

Amiga da Cruz - II

Continuação do post anterior
O sentido católico da vida
Este é o sentido católico da vida. Por essa razão, em todas as nossas sedes eu gosto de pôr a cruz preta, seca, onde não está nem sequer o Crucificado, mas é a cruz pela cruz, com os instrumentos da Paixão nela pregados, para nos convencer de que devemos tomar a vida assim. E por mais desagradáveis, penosas — e às vezes dramáticas — que sejam as coisas que nos aconteçam, devemos ter paciência e prosseguir energicamente, sem nenhuma dúvida, sem nenhum espanto, porque é o sentido da vida.
E as pessoas que, com ar muito alegre, querem nos iludir dizendo que a vida delas não é assim, mentem. Porque todo mundo tem que sofrer muito nesta vida. A vida é um vale de lágrimas, e a expressão diz muito: um vale. Para o vale confluem todos os cursos de água dos montes. E, portanto, todos os montes que cercam o vale da vida, são montes dos quais descem lágrimas, ou seja, a dor. A expressão é de São Bernardo: “vale de lágrimas”. Está na “Salve Rainha”, cujo autor foi ele.
Devemos compreender que isso é assim, e que quanto mais quisermos fugir da cruz, mais nós vamos carregando uma cruz pesada. E que o único jeito de levarmos bem a vida é termos a resignação com a nossa cruz. Custe o que custar, seja o que for, é preciso aceitar o que veio, e tocar para a frente! Nossa Senhora nos dará forças, e se for de seu desejo Ela resolve o caso.
E nesse sentido, é bom até nem gemer muito para os outros ouvirem. Mas suportar a cruz com uma naturalidade tal, que os outros nem suspeitem que a cruz esteja presente. Mas carregar a cruz é a nossa obrigação.

Continua no próximo post.

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