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O sentido católico da vida
Este é o sentido
católico da vida. Por essa razão, em todas as nossas sedes eu gosto de pôr a
cruz preta, seca, onde não está nem sequer o Crucificado, mas é a cruz pela
cruz, com os instrumentos da Paixão nela pregados, para nos convencer de que
devemos tomar a vida assim. E por mais desagradáveis, penosas — e às vezes
dramáticas — que sejam as coisas que nos aconteçam, devemos ter paciência e
prosseguir energicamente, sem nenhuma dúvida, sem nenhum espanto, porque é o
sentido da vida.
E as pessoas que, com ar
muito alegre, querem nos iludir dizendo que a vida delas não é assim, mentem. Porque
todo mundo tem que sofrer muito nesta vida. A vida é um vale de lágrimas, e a
expressão diz muito: um vale. Para o vale confluem todos os cursos de água dos
montes. E, portanto, todos os montes que cercam o vale da vida, são montes dos
quais descem lágrimas, ou seja, a dor. A expressão é de São Bernardo: “vale de
lágrimas”. Está na “Salve Rainha”, cujo autor foi ele.
Devemos compreender que
isso é assim, e que quanto mais quisermos fugir da cruz, mais nós vamos
carregando uma cruz pesada. E que o único jeito de levarmos bem a vida é termos
a resignação com a nossa cruz. Custe o que custar, seja o que for, é preciso
aceitar o que veio, e tocar para a frente! Nossa Senhora nos dará forças, e se
for de seu desejo Ela resolve o caso.
E nesse sentido, é bom
até nem gemer muito para os outros ouvirem. Mas suportar a cruz com uma
naturalidade tal, que os outros nem suspeitem que a cruz esteja presente. Mas
carregar a cruz é a nossa obrigação.
Continua no próximo post.
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