Continuação do post anterior
Tranquilizando
e incutindo confiança nas pessoas
O trato
dela com os que estão neste auditório, pelo que me é dado ver no cemitério 1, é
desse gênero. Quando vou ao cemitério, discretamente eu olho para as
fisionomias, para ver como estão, o que exprimem. E frequentemente vejo pessoas
que chegam preocupadas, e às vezes sofredoras. Ficam paradas; algumas rezando;
noto, pelo rosário nas mãos ou pelos movimentos dos lábios, que estão orando.
Outras estão quietas. Tenho impressão de que aquelas cercanias da sepultura vão
aplacando as pessoas, adoçando, dando um modo sensato de considerar as coisas,
um modo de tranquilizar, de ter confiança, como se Dona Lucilia lhes estivesse
sussurrando alguma coisa aos ouvidos.
É a
realização, talvez, de uma missão que ela efetua depois de morta porque não
pôde realizar em vida. Ela era principalmente mãe. Todo o modo de ser dela era
voltado para ser mãe. E eu às vezes me perguntava: “Que coisa curiosa! Ela, com
o espírito tão voltado para ser mãe, teve apenas dois filhos. Mas por que Deus
despertou nela um amor materno tão enorme, para tanta gente, quando dela não
haverá senão uma descendência tão pequena?”
Mas
quando ela morreu e começou a aparecer essa descendência sobrenatural de filhos
que a graça aproxima dela para rezarem em união com ela, para obterem graças
pela intercessão dela, eu compreendi. Ela rezou e sofreu muito nesta vida para
poder fazer muito bem na outra vida.
1) Dona
Lucilia foi enterrada no Cemitério da Consolação, na capital paulista. Com
frequência, jovens participantes do movimento fundado por Dr. Plinio
dirigiam-se afetuosamente ao túmulo de Dona Lucilia.
Plinio
Correa de Oliveira – Extraído de
conferência de
15/1/1994
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