Continuação do post anterior
...não só para perceber defeitos, mas também qualidades
Dona Lucilia revelava
seu senso, não só em pegar defeitos, mas também, às vezes nas pessoas mais
censuráveis, algumas qualidades e se transformava em advogada delas.
Não eram qualidades
comuns, que se alega comumente, “Ele é bonzinho”, mas do seguinte gênero:
Eu, por exemplo,
“truculentizava” contra os defeitos de alguém. Raras vezes ela me dizia: “Você
tem razão!”
Mas, quando havia
cabimento, ela afirmava: “Filhão, é verdade! Mas, você note tal lado: apesar de
tudo, ele é, por exemplo, muito franco. Muita gente, que não tem esses
defeitos, é mais falsa do que ele. E essa franqueza tem seu valor. Você, quando
falar de todos os defeitos dele, lembre-se de dizer também que é muito franco.”
E nisso ela
manifestava seu senso de justiça. Nunca tomava uma atitude apaixonada, por onde
se pudesse dizer que ela foi injusta com outrem. Absolutamente não. Sempre
justa, justa, justa.
E a bondade vinha
como acréscimo. Quer dizer, ainda que uma pessoa não prestasse para nada, fosse
muito à toa, mamãe rezava por ela, suportava-a, enfim, fazia o bem que
coubesse. Esse é o papel da misericórdia.
Plinio
Correa de Oliveira - Extraído de conferência de 4/2/1981
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