quinta-feira, 28 de maio de 2015

Inteiramente justa, extremamente bondosa… ( cont)

Continuação do post anterior
...não só para perceber defeitos, mas também qualidades
Dona Lucilia revelava seu senso, não só em pegar defeitos, mas também, às vezes nas pessoas mais censuráveis, algumas qualidades e se transformava em advogada delas.
Não eram qualidades comuns, que se alega comumente, “Ele é bonzinho”, mas do seguinte gênero:
Eu, por exemplo, “truculentizava” contra os defeitos de alguém. Raras vezes ela me dizia: “Você tem razão!”
Mas, quando havia cabimento, ela afirmava: “Filhão, é verdade! Mas, você note tal lado: apesar de tudo, ele é, por exemplo, muito franco. Muita gente, que não tem esses defeitos, é mais falsa do que ele. E essa franqueza tem seu valor. Você, quando falar de todos os defeitos dele, lembre-se de dizer também que é muito franco.”
E nisso ela manifestava seu senso de justiça. Nunca tomava uma atitude apaixonada, por onde se pudesse dizer que ela foi injusta com outrem. Absolutamente não. Sempre justa, justa, justa.
E a bondade vinha como acréscimo. Quer dizer, ainda que uma pessoa não prestasse para nada, fosse muito à toa, mamãe rezava por ela, suportava-a, enfim, fazia o bem que coubesse. Esse é o papel da misericórdia.

Plinio Correa de Oliveira - Extraído de conferência de 4/2/1981

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